terça-feira, 17 de novembro de 2009

O ENSINO PÚBLICO E A COMUNIDADE SEM ZOEIRA - LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH


O ENSINO PÚBLICO E A COMUNIDADE SEM ZOEIRA

Sem percebermos assimilamos o ridículo como a coisa mais normal do mundo.
As piadas e os programas humorísticos que debocham das escolas, das salas de aula e dos professores, esses do tipo "escolinhas"
, podemos admitir, são engraçados, porem estão na vanguarda de uma cultura extremamente vulgar, fútil e boçal, em suma inútil.
Vemos nossos alunos com a mesma conduta. Brincam o tempo todo e riem-se como se o verdadeiro ambiente escolar fosse a utopia vivida nos programas de televisão.
Na verdade também, se estivermos diante do problema, vendo-o por outra ótica, podemos entender que esta conduta, já generalizada completamente, transformou-se em linguagem de conduta.
Assim os programas já mencionados não tem nada a ver com a realidade.
Linguagem tanto artificial como natural não é passiva de interpretação. Pelo menos sabemos que no futuro apenas nos caberá entender, compreender aquilo que foi dito, independentemente da forma que nos chega a mensagem, fica muito mais prático. Obviamente, se estivermos preparados, saberemos que as mesmas mensagens foram emitidas com segurança e de boa fonte, do contrário não tem nenhum valor.
Se a linguagem hoje apelidada ou chamada de zoeira é usada pela maioria e é assim que vemos os educandos se manifestarem, de que adianta o professor usar uma linguagem acadêmica para comunicar-se com seus alunos? É claro que perde o poder de comunicação com os mesmo alunos que usam a zoeira como forma de expressão e que se sentindo desafiados passam a promover uma reação ainda mais forte, isolando o professor.
Atualmente estamos, para sermos realistas, em processo de democratização, então por que nos prendermos a formas antiquadas de comunicação, ignorando a esta maioria que são os educandos e nossos verdadeiros clientes.
Se pretendermos passar adiante, como mestres, aquilo que temos como nosso produto real, que é nosso conhecimento, nada mais prático do que adotarmos a mesma linguagem de nossos consumidores, ou nossos alunos. Temos que ensina-los na base da zoeira. Caso contrário, por causa do alto índice de evasão, corremos o risco de ficamos com as escolas vazias e sem o nosso emprego.
Se formarmos uma frente contra a cultura da contracultura, só teremos sucesso se trabalharmos utilizando a linguagem mais disseminada e popularizada, "a zoeira".


Líbano Montesanti Calil Atallah

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