segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O ENSINO PÚBLICO E A COMUNIDADE - MASSA DE MANOBRA - LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH


O ENSINO PÚBLICO E A COMUNIDADE 
MASSA DE MANOBRA
 

Venho me debatendo como sapo em banho dentro de bacia de água fervendo.
Fui para o ensino publico com a proposta de vestir camisa e trabalhar em pró da importância de quem deveria tê-la, a comunidade desamparada.
Não fui com dó, mas esperançoso de mudar o que estava errado obviamente e esse é o primeiro ponto, oferecer a pouca importância que conquistei, aos meus alunos. Acredito que isto é primordial por ser abrangente.
Ao preparar-me para assumir meu cargo como professor de artes, fui procurar contato com todas escolas da cidade de Arujá para poder melhor decidir, a prudência tem três olhos, afirma o velho Procutórum Demasiadum.
Assim que cheguei na Escola Estadual Professor Esli Garcia Diniz, notei que a minha estadia ali poderia ser longa, mas áspera, não fui aceito como um príncipe, nem como artista. Logo tentaram passar borracha em minha modesta importância. Sinto-me descriminado.
Eu reagi, não é possível aquietar-me diante de tantos disparastes que ouvi e ouço sobre os alunos classificados por todos como desinteressados. Os professores são as estrelas em exercício!
Levantei-me do grupelho e formei minha unidade solitária que mantenho como entidade de educação.
O evidente resultado não poderia ser outro; diante do sucesso absoluto com os estudantes, eclodiu o efeito da ciumeira arrogante dos paneleiros.
Eu tal qual D. Pedro II não conspiro.
Agora posto de lado sou perseguido por todos como também foram outros professores que abandonaram a escola por causa da pressão que vinha de todos os lados.
Não pretendo abandonar a unidade porque há descontentes, não são os alunos, pois estes, unanimemente estão coesos em me apoiar, isto sem campanha, apenas cumprindo com minha função que é ensinar, apenas isso.
O livro de ocorrências é a todo o momento solicitado para que as dirigentes preencham laudas para me espezinhar, isto enquanto trabalho, me mato de fazê-lo, não me poupo, ainda por cima tudo sem fundamento.
Na ultima vez, a diretora suspende minha aula mandando meus alunos para o pátio e me conduz contrariado para a diretoria. Pronto la veio mais sapatada. Eu resolvi mostrar que não estou ali para disputas mesquinhas e reagi, não deu outra lá foram mais algumas páginas contra minha pessoa, eu afirmei então que daria satisfação apenas a Secretaria de Educação.
Mas então vieram me convocar para a tal manifestação em São Paulo no dia 13/06/08.
Se eu estivesse ali para me privilegiar, então tudo bem, poderia ir, mas estaria contrariando meus princípios, eu não conspiro e ainda muito menos contra a Secretaria, pois se assim fosse estaria dando razão a aquela montoeira de ocorrências.
O professorado é levado a obedecer a pessoas interesseiras e intransigentes alem de hipócritas que operam contra a Secretaria, com medo de ficar sem função. As mesmas culpadas pelo retrocesso do ensino em São Paulo. Não tem alegria nem energia para trabalhar.
Conclusão obvia, o ensino publico é manipulado com greves e locautes e quem paga é a comunidade.

Líbano Montesanti Calil Atallah
professor


O ENSINO PUBLICO E A COMUNIDADE - MASSA DE MANOBRA
LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH


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