ATENÇÃO PREZADOS LEITORES
"ÉTICA NA INTERNET"
"ÉTICA NA INTERNET"
Esta importantíssima matéria é de autoria de Martin Giles da Revista Forbes
Resumo:
O criador da internet Tim Berners-Lee anunciou ontem (25) o Contrato
para a Web, de sua ONG, a World Wide Web Foundation;
O documento inclui uma série de boas práticas online a governos,
indivíduos e companhias;
Com ele, Berners-Lee e sua fundação esperam lutar contra cyberbullying,
fake news e manipulações, entre outros problemas que surgiram com a internet.
A internet era para ser uma forma de utopia online, mas fake
news, manipulação de eleições, bullying e outras problemas a transformaram em
um pesadelo. Seu criador, Tim Berners-Lee, quer mudar isso.
Ontem (25), Berners-Lee revelou o “Contract for the Web” (que se traduz
como “contrato para a rede”): um plano de ação criado por ele com a ajuda de
cerca de 80 experts. O documento foca em melhorar a privacidade online, reduzir
a ilegalidade digital e desencorajar falhas do governo na web, tudo isso
enquanto garante que todos no planeta tenham acesso à internet.
A iniciativa tem o apoio de milhares de indivíduos e mais de 160 organizações,
incluindo gigantes da tecnologia, como Facebook, Microsoft e Google; grupos
sociais, como a Electronic Frontier Foundation, e alguns governos, como França,
Alemanha e Gana.
O novo anúncio dá substância à proposta de Berners-Lee do ano passado,
quando ele esboçou uma série de nove princípios que devem ser seguidos por
governos, companhias e indivíduos. Um deles princípios pedia que governantes se
certificassem de que todos têm acesso à internet e de que ela está disponível o
tempo todo, enquanto outro pedia às companhias que respeitassem a privacidade
de seus consumidores.
Desde então, a ONG de Berners-Lee, World Wide Web Foundation, tem
trabalhado com governos e especialistas para criar 76 cláusulas e detalhar mais
cada um dos nove princípios.
Líderes de grupos sociais envolvidos na iniciativa apostam que o plano
de Berners-Lee ajudará transformar a internet em um lugar mais inclusivo. Em
uma declaração em apoio ao anúncio do contrato, a Roya Mahboob, empreendedora
de tecnologia e ativista do direito das mulheres no Afeganistão, disse que
espera que o contrato remova barreiras significativas que impedem que mulheres
tenham acesso a educação e abram seus próprios negócios online.
VEJA TAMBÉM: As tendências da cibersegurança da internet das coisas
para 2019
Outros envolvidos disseram que o documento não é a resolução de todos os
problemas online. Adrian Lovett, presidente e CEO da World Wide Web Foundation,
disse que a iniciativa é “só o começo” de um processo. “Precisamos de um
movimento global para lutar pela internet que sirva toda a humanidade.”
Essa luta enfrentará uma série de problemas. De acordo com estatísticas
da World Wide Web Foundation, mais de um terço das crianças entre 12 e 17 anos
nos Estados Unidos já experienciaram bullying online; histórias falsas alcançam
um número significativo de pessoas seis vezes mais rápido do que histórias
verdadeiras; e pelo menos uma em cada 45 democracias já distribuíram fake news
ou manipularam notícias.
Ainda não é claro quanto suporte o contrato de Berners-Lee terá, até
mesmo de organizações que originalmente o apoiaram. Grandes empresas de
tecnologia se comprometeram com os princípios, mas não existe garantia de que
elas atenderão aos pedidos do contrato que exigem, por exemplo, que os painéis
centrais de controle sejam de livre acesso para consumidores.
Já no lado político, até mesmo os melhores políticos acham difícil
resistir às fake news de seus oponentes no calor da batalha eleitoral. Parece
não ser provável que governos que espalham propaganda online para afetar
eleições vão parar com sua legião de trollls online.
Berners-Lee e seus apoiadores merecem crédito por criarem um mapa de
melhores práticas para tirar a internet do caos. O difícil agora será fazer com
que todas as sigam.
fale com nossa diretoria
LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH
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LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH
artponto.org@terra.com.br
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Líbano Montesanti Calil Atallah